Agora, o Saraiva’s é o tailandês favorito dos políticos. Moedas já lá foi 3 vezes – NiT

Agora, o Saraiva’s é o tailandês favorito dos políticos. Moedas já lá foi 3 vezes

Era (e continua a ser) um dos principais pontos de encontro dos políticos. A decoração também está muito diferente.

Carlos Moedas é um cliente regular.

O respaço já tem mais de 40 anos de história, mas ganhou uma nova vida a 11 de julho. A comida típica portuguesa do antigo Saraiva’s foi trocada por pratos tailandeses. Mesmo assim, continua a ser um spot muito procurado por políticos e diplomatas nacionais e internacionais, algo que já acontecia no passado.

O nome mudou ligeiramente, agora é BAAN Saraiva’s. A primeira palavra significa “casa” em tailandês. E parece que já se tornou numa espécie de segundo lar para Carlos Moedas, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Desde a inauguração, já lá foi três vezes.

O spot fica perto do Parque Eduardo VII, onde decorreram muitas das atividades da Jornada Mundial da Juventude. “Veio cá almoçar várias vezes naquela altura. Sabia que era um lugar calmo”, conta Jérome Percherancier, o dono do restaurante, à NiT.

Quando entrou ali pela primeira vez, o político não sabia que aquele era agora um espaço focado em pratos tailandeses. Isto não foi, contudo, um impedimento para que se sentasse à mesa e fizesse o seu pedido. Na verdade, Moedas é fã daquela cozinha há muitos anos. “Ele disse-nos que viveu em Londres e gostava de muitos restaurantes tailandeses da cidade”, aponta.

Esteve lá novamente em meados de setembro, e pediu, claro, o seu prato favorito: o Pat Bai Grapao Beef (21€), feito com arroz, carne de vaca frita, chili, ovo estrelado e manjericão. “Adorou”, garante o proprietário.

Embora as proteínas usadas sejam compradas em Portugal, as especiarias do BAAN vêm da Tailândia. “Encontrar um fornecedor deu muito trabalho, mas encontrei aqui uma pessoa que cresce algumas ervas em casa. As quantidades são pequenas, mas é o suficiente para dar muitos sabores aos pratos”, afirma. Também colabora com outra empresa que comercializa os legumes e frutas daquele país, como a papaia e as folhas de banana.

O espaço esteve fechado durante cerca de um ano e meio. Além do conceito, houve outras coisas que mudaram durante este período. Na cozinha passou a ter uma estação de wok, e a decoração, embora mantenha muitos dos detalhes originais, conta agora com candeeiros feitos de bambú, algo típico do país, e muitos néones, misturando o tradicional e o industrial. Tem 57 lugares na sala principal e 18 num espaço mais privado. Os animais também são bem-vindos.

Jérome mudou-se para Lisboa com a mulher Caroline e o filho de um ano e meio em junho do ano passado. Ele, é francês, ela nasceu no Laos, país vizinho da Tailândia — cresceu a comer pratos daquela região. “Gostamos muito de Portugal e do mar, no entanto, achámos que faltava a comida tailandesa autêntica. Era algo que não se encontrava facilmente”, explica.

Para serem o mais fidedignos possível às receitas que servem, viajaram para Banguecoque no final do ano passado para recrutarem três chefs naturais daquele país. “Têm todos muita experiência, já trabalharam em hotéis na Alemanha e Dubai”, assegura Jérome.

A oportunidade se instalarem no Saraiva’s surgiu por mero acaso. Quando chegou a Lisboa, Jérome começou à procura de apartamentos e ficou com o contacto de vários agentes imobiliários. Um deles acabou por referir que o restaurante estava no mercado, mas listado de forma bastante privada. “A Susana, a antiga gerente, gostou de nós e do nosso conceito”, revela. Como estava cansada da rotina atarefada, decidiu passar o legado daquele espaço a outra pessoa.

Continua a ser um ponto de encontro para políticos e pessoas influentes, tal como era no passado. Embora Moedas seja o nome mais conhecido que lá passou recentemente, o BAAN também já recebeu embaixadores angolanos e da Guiné-Bissau.

Na carta não falta, claro, o tradicional pad thai, que tem sido uma das propostas mais pedidas. Custa 23€ e inclui camarão, tofu, ovo, amendoins, cebolinho, broto de feijão, rabanete em pickle e molho.

Se prefere pratos preparados no wok, também pode pedir o stir fried bimi (12€), com brócolos portugueses, chili, alho e molho de ostras. O caril também tem sido muito elogiado pelos clientes. Uma das opções é feita com borrego, coco, batata, amendoins e chalota (24€). O menu completo pode ser consultado online.

Carregue na galeria e conheça melhor o restaurante.


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