O senador Sergio Moro (União-PR) comentou no X a decisão da Justiça do Peru de condenar nesta terça-feira, 15, o ex-presidente peruano Ollanta Humala (foto) a 15 anos de prisão no caso Odebrecht.
“A Justiça do Peru ensinando uma lição a alguns ministros do STF: a corrupção é crime, precisa ser punida e não ser premiada”, escreveu o ex-juiz da Lava Jato.
Moro envia um recado ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra Marcelo Odebrecht.
O estrago de Toffoli contra a Lava Jato
O ministro Dias Toffoli já favoreceu pelo menos 115 condenados pela Lava Jato que pediram a anulação de provas ou atos, na esteira de uma decisão do ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual ministro da Justiça de Lula, e referendada pela Segunda Turma, que anulou as provas da Odebrecht, atual Novonor, contra o petista.
Quando Lewandowski se aposentou da Suprema Corte, Toffoli ficou com a relatoria do caso, passando a analisar os pedidos de extensão da decisão que beneficiou o chefe do Palácio do Planalto.
Até junho de 2024, Toffoli proferiu ao menos 128 decisões individuais que reverteram a situação de réus da Lava Jato, com pelo menos 67 despachos que declararam inválidas as provas extraídas dos sistemas operados pela Odebrecht para o pagamento de propinas.
Outros 61 determinaram a “nulidade absoluta” de atos de inquéritos da Lava Jato contra investigados, como o que beneficiou o empresário Marcelo Odebrecht, responsável por revelar à Polícia Federal, em delação, que Toffoli era o “amigo do amigo de meu pai”.
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A condenação de Ollanta Humala
A Justiça do Peru condenou o ex-presidente Ollanta Humala a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro ao receber propina da empreiteira brasileira Odebrecht e da Venezuela.
Os aportes foram destinados às campanhas de 2011 e 2006, respectivamente.
Nadine Heredia, esposa de Humala, também foi condenada a 15 anos de prisão no mesmo caso.
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